sexta-feira, 13 de abril de 2012
Dia do Beijo
Que a vida fosse a mesma festa sempre
E os olhos encontrassem teu sorriso
Um pouco mais de tempo e era a felicidade
Um pouco mais de céu e era o paraíso
Comecei devagar, em dúvida de tudo
Até saber que o ontem, para ti, fora de menos
Pouca sorte, pouca vida, pouco amor
E aí senti o que se sente e não dizemos
E tudo o que soubemos acabou
E tudo aquilo que começou nós não sabemos
E a pouco e pouco tudo agigantou
Que era demais o que os olhos já sabiam
E aquela intensidade apenas confirmou
O futuro que as mãos não conheciam
Fica a certeza de um início assim bonito
E no silêncio pressente-se a loucura
Um turbilhão intenso subindo como um grito
E inexplicável, violentíssima, a ternura
Pedro Barroso - Crónicas da Violentíssima Ternura
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